domingo, 30 de janeiro de 2011

Novo emprego

Aspiro a um novo emprego.
De facto, quase me atrevo a dizer que seria um tacho, não fosse a minha aspiração solene e propositada e o cargo de elevada responsabilidade.

Partilho convosco o email que enviei ao Exmo. Sr. Presidente da Câmara de Guimarães:

de tasjaber@gmail.com
para geral@cm-guimaraes.pt
cco direccao.editorial@publico.pt, jn.online@jn.pt, not.guimaraes@mail.telepac.pt, tasjaber@gmail.com
data 29 de janeiro de 2011 23:55
assunto Fundação Cidade de Guimarães - Candidatura a Presidente
enviado por gmail.com

Ex mo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Guimarães,

Tendo chegado à minha atenção os salários praticados na Fundação Cidade de Guimarães, venho pelo presente propor-me a Presidente da mesma.
Tenho consciência da audácia da minha proposta mas estou seguro que, após uma explanação das mais valias da mesma, merecerá a devida atenção de Vexa. Não vou entrar em pormenores acerca do meu curriculum vitae, dado achar que o mesmo não trará nenhuma vantagem nítida sobre a actual Presidente da Fundação mas, tendo em conta as dificuldades económicas que a região do Vale do Ave e as suas gentes actualmente atravessam, julgo que a minha será uma Presidência popular e que beneficiará imenso a economia local.
Assim, a minha candidatura espontânea ao cargo de Presidente da Fundação Cidade de Guimarães é acompanhada do compromisso de, devidamente liquidados os necessários impostos, doar metade do actual vencimento a uma instituição de solidariedade social ou qualquer outra instituição de utilidade pública de escolha de Vexa. que ajude a atenuar as dificuldades que o povo mais humilde de Guimarães actualmente atravessa.

Atenciosamente,

Tasjaber?

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: tasjaber
Data: 29 de janeiro de 2011 23:15
Assunto: tasjaber enviou-lhe o seguinte texto
Para: tasjaber


Mensagem: Comentário
Guimarães 2012 gasta 1,3 milhões de euros por ano em salários
Samuel Silva

A Fundação Cidade de Guimarães (FCG), entidade que gere a Capital Europeia da Cultura de 2012, vai gastar quase oito milhões de euros em vencimentos até ao final do seu mandato. Só o conselho de administração (CA), presidido por Cristina Azevedo, custa à instituição 600 mil euros por ano.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Em Fafe ninguém fanfa!...


...E, pelos vistos, em Guimarães também não. Será que o Corpo de Intervenção é presença assídua na carreira 300?
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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

SNS, SOS?

Ia começar este post a maldizer o nosso querido Serviço Nacional de Saúde, mas acho que seria como chover no molhado. Em vez disso vou textualizar a minha ideia salvadora da pátria dos cuidados de saúde previdentes.
Acho que o problema do SNS é o mesmo do Estado. É grande, complexo, mal gerido, cheio de funcionários e, para mal dos seus pecados, foi agora entregue à concessão dos amigos em negócios onde o prejuízo dos gestores não é possível. Face a este cenário, a ideia de acabar com o SNS e entregar a Saúde aos privados ganha corpo, e já há quem se apresente como candidato a Primeiro Ministro com esta ordem de ideias. No entanto, a simples renúncia por parte do Estado dos seus deveres previdentes e sociais e entrega dos cuidados de saúde aos privados não será nunca uma medida tendo em vista os melhores interesses do cidadão comum.
O sector privado tem apenas um único objectivo em vista: o lucro. Isto não é, por si só, defeito! O lucro é saudável numa economia de mercado, especialmente se for reinvestido na economia. O problema é que o Estado tem cultivado estranhos hábitos de investir o dinheiro do contribuinte em infraestruturas internas incontornáveis e logo de seguida atribuir a sua exploração a concessionários ou ainda privatizar as empresas públicas à volta de monopólios. É a mesma coisa que dizer: Estou farto de gastar dinheiro, podes ficar com os lucros! É claro que as empresas privadas sabem que o melhor que lhes pode acontecer é viverem à sombra da bananeira chamada Estado Português. Isso da economia de mercado é muito bonito, mas dá trabalho, é preciso ser competitivo, tem riscos...
Do parágrafo anterior, podemos tirar uma ilação: A Saúde na mãos dos privados seria uma grande festa para estes, mas o cidadão teria que ter bolsos fundos mesmo que fosse o Estado a pagar a factura.
Dou um exemplo, conhecido daqueles que têm ADSE e frequentam clínicas que têm acordos com esta instituição: O tratamento é de luxo, não falta sequer chá e bolachinhas enquanto se espera (pouco). Os médicos são atenciosos e não poupam nas análises, para contentamento dos utentes que pagam apenas uma pequena percentagem do seu custo. No entanto, uma análise leiga não deixa de deixar dúvidas quanto à sua real necessidade. A ADSE paga, e bem, estas análises e procedimentos talvez desnecessários e, como resultado, vê-se na necessidade de colmatar a sangria dos seus fundos com redução de benefícios aos agregados familiares e aumento de contribuições por parte dos funcionários. E, no fim, os utentes não deixam de sentir que, quando as coisas são mesmo sérias, deixam de ser interessantes para o privado, que os remetem para o público. "Vão morrer longe!", parecem dizer.
Ao mesmo tempo, assistimos a situações em que o Estado passa a obrigar os seus funcionários a requerer as suas baixas médicas no SNS, devido à facilidade com que os privados as passam a pedido, na tentativa de reduzir os custos do absentismo dos seus funcionários, recordistas nesta matéria quando comparados com os colegas do sector privado. Há aqui qualquer coisa que não bate certo!

Assim, e finalmente, passo a expor a minha ideia:
Porque não deixar à gestão privada as questões mais mundanas da saúde, nomeadamente as entorses, gripes, constipações, etc., a par das despesas correspondentes com baixas médicas e as suas fiscalizações, retendo o Estado a responsabilidade de tratar os assuntos mais sérios sem olhar a meios para tratar os pacientes? Uma parte das contribuições para a Segurança Social passariam a ser entregues a seguradoras, à escolha do contribuinte, que passariam a cobrir estes custos, enquanto outra parte continuaria a reverter para um SNS centralizado em hospitais distritais (por exemplo) que teriam as melhores condições para tratar os casos mais sérios (acidentes, doenças prolongadas, etc.)? Imaginem um hospital sem pessoas à espera de tratar de entorses ou constipações, apenas dedicado a coisas mais sérias! Enquanto isso, na gestão privada seria lógico o investimento em medicina preventiva e outras medidas no sentido de maximizar o lucro, ao mesmo tempo que teriam de assegurar condições adequadas aos utentes sob pena de perderem o seu alvará! O absentismo seria reduzido quer na função pública quer nos trabalhadores do sector privado, graças ao olhar atento das seguradoras. Os cuidados médicos seriam sérios e completos, graças ao risco de processo judicial e indemnização, ao mesmo tempo que os médicos teriam sempre a válvula de escape que seria a possibilidade de enviar os pacientes sérios para os hospitais do Estado.

Sou um génio, ou simplesmente idiota?