domingo, 6 de junho de 2010

Por oceanos nunca antes navegados?


Nos dias que correm, surge-nos uma grande incógnita: Será a vida dos nossos filhos melhor do que a nossa?

Após pelo menos um século em que cada geração conseguiu legar uma vida melhor e mais próspera à posterior, finalmente, o ciclo inverteu-se e a geração dos filhos de Abril parece desiludida quanto à aspiração de viver tão bem quanto a geração de Abril (muito por causa do presente envenenado que esta deixou).

Neste momento, a fasquia consiste em aguentar a tempestade e esperar que passe.

A conjuntura económica e política sem luz no fundo do túnel, os custos acrescidos que surgem na constatação (quando surgem os rebentos) de que o sistema público de creches e infantários é insuficiente e o privado é caro, a educação e a saúde são cada vez menos "tendencialmente gratuitas", o endividamento para compra de habitação a preço especulado que se contraiu na expectativa de que "custa no início, mas depois as coisas vão melhorar", o aumento sucessivo de impostos para manter a máquina estatal (os tais da geração de Abril) e os desfavorecidos que se querem desfavorecidos para se manterem elegíveis e eleitores, as reformas aos 127 anos de idade, as medidas de contenção e os pactos de estabilidade pagos pelos do costume, o aumento do custo dos transportes privados e públicos, o excesso de licenciados, a geração 500 euros e o desemprego, as deslocações das indústrias e as importações dos mesmos produtos de países terceiro-mundistas que os nossos políticos decidiram tornar nossos parceiros iguais no comércio enquanto se fecham os olhos aos défices sociais e democráticos...

... Bom, nada disso são bons ventos para nós e a geração que nos vai suceder. Godspeed!


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2 comentários:

  1. A inveja e a frustração da vida dos "filhos de Abril" não é desculpa para abdicar da nossa missão como pais: sim! que a vida dos nossos filhos seja melhor do que a nossa. Se a prosperidade não é tão fácil, também não é impossível, e não é só o conforto económico que define qualidade de vida.
    Foi por causa dos invejosos e frustrados do sistema que isto chegou onde chegou... mas ainda temos tempo, formação, informação, um sol maravilhoso e pão na mesa para criar "grandes" pessoas.

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