terça-feira, 7 de dezembro de 2010

ENVC


Estaleiros Navais de Viana do Castelo. O último bastião da construção naval séria em Portugal. Depois de anos de declínio, desinvestimento e impotência perante a concorrência, voltaram a ver luz ao fundo do túnel durante o mandato de Paulo Portas (CDS-PP) como ministro da defesa. Contratos, parcerias, transferências de tecnologia...
O navios de patrulha oceânicos (os dois barcos a cinzento na imagem) sofreram de defeitos crónicos durante a construção por dois grandes motivos: depois de duas décadas e meia de desinvestimento na Marinha e na Indústria (e no resto do País), uns já não sabiam projectar navios de guerra e outros já não os sabiam construir. O conceito, inovador na altura e com governos estrangeiros interessadíssimos em adquirir, foi já assimilado por outros construtuores navais, que já produziram unidades que realmente funcionam. As nossas duas primeiras embarcações ainda estão em Viana à espera de ver todos os problemas resolvidos. Entretanto, os investimentos voltaram a ser cortados, e vamos ficar sem saber se duas embarcações é o suficiente para voltar a ganhar práctica de projectar e construir, sendo agora a expectativa de saber se os ENVC mantêm as portas abertas ou não.
A ajudar à festa, aos 22 M€ de prejuízo e 60 M€ de passivo, o ferry Atlântida (46 M€, canto superior esquerdo da imagem) foi rejeitado pelo Governo Regional dos Açores porque não cumpria a velocidade máxima contratualizada, cerca de 1,4 nós a menos do que devia. Para quem não sabe, estamos a falar de 2 km/h.

Hummmmmmmm...

Cheira a esturro, tasjaber?
Posted by Picasa

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