sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Vivitar Series 1 35-85mm f2.8 Varifocal


De acordo com a Wikipedia, a Vivitar nasceu em 1938 nos E.U.A. como Ponder and Best, de acordo com os apelidos dos seus fundadores. Inicialmente importadores de equipamento fotográfico, estes senhores foram responsáveis pela introdução de muitas marcas alemãs e japonesas no mercado americano, popularizando-as. Nos anos 60 criaram a marca "Vivitar", começando a comercializar produtos de outros fabricantes com este nome, rapidamente ganhando popularidade por serem de boa relação qualidade/preço. No início dos anos 70, foram dos primeiros a conceber ópticas com recurso a computadores, sempre sub-contratando a sua fabricação. Assim nasceram as lentes Series 1, com design óptico de vanguarda norte-americano e fabrico japonês. O número de série das lentes denuncia o fabricante, que tanto podia ser a Kiron (22...), como a Cosina (9...).

Quando era miúdo e esquadrinhava a colecção de revistas Photo francesas de meu Pai, tropecei num anúncio de página inteira da Vivitar Series 1 Varifocal 35-85mm f2.8, e fiquei impressionado pelo seu aspecto imponente, com a sua rosca para filtro diâmetro 72mm. Tanto não esqueci que mais recentemente decidi comprar uma com baioneta Nikon F, e por sorte consegui localizar uma em Espanha a bom preço.



Não são lentes vulgares, tendo sido bastante caras na altura delas. Quando surgiram representavam a vanguarda óptica, e foram o primeiro exemplo de lentes zoom com abertura constante a f2.8, hoje em dia vulgarmente vistas nas mãos de fotojornalistas e amadores abastados. Esta lente, no entanto, não é um verdadeiro zoom, dado não manter o foco quando se varia a distância focal. Esta característica foi sacrificada pelos seus desenhadores de modo a simplificar a lente e obter a melhor qualidade de imagem possível.

É uma lente imponente e maciça. É pesada, principalmente no seu elemento frontal, o que leva a desequilibrar o conjunto câmara/lente para a frente. no caso da minha Nikon FE2, o uso de um motor MD-12 ajuda a agarrar melhor o conjunto, mas o peso é ainda mais agravado. Uma vez tive a triste ideia de usar esta lente de noite, com a FE-2, o MD-12 e ainda um flash Metz 40. O conjunto pesava cerca de 8 toneladas, mas como foi uma sessão de apenas uma par de horas lá aguentei a barra. O ajuste do foco quando se varia a distância focal aparece instintivamente, depois de algum uso.



A qualidade de imagem é, parece-me, excelente mesmo a plena abertura. Tem muito pouca distorção e vinhetagem.
A qualidade de construção está a par do que melhor se fez no Japão nos anos 70/80.

Se como eu, tiverem a sorte de encontrar um exemplar desta lente a bom preço, aproveitem. No entanto, fica o aviso de que o peso pode ser um factor dissuasor na altura de escolher a lente que vai levar numa passeata, havendo muitos zooms de boa qualidade com aberturas máximas ligeiramente mais modestas com resultados igualmente bons mas que poupam a cervical.

Boas fotos.

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